10 Janeiro, 2025

Transformação

Esta semana, me deparei com a seguinte notícia que me chamou a atenção: “Em 2024, ‘Brain Rot’ foi escolhida pela Universidade de Oxford como a palavra do ano, refletindo uma crescente preocupação sobre os efeitos do consumo excessivo de conteúdo superficial, principalmente nas redes sociais.”

Na mesma notícia, um pouco mais abaixo, explicava também que “ansiedade” foi a palavra mais usada na internet no Brasil em 2024.

Também esta semana, estive em um evento de Universidades Corporativas dando uma palestra e, na roda de conversa posterior à palestra, um ouvinte (pai de família) nos desafiou com uma pergunta sobre este tema: meu filho não desgruda do telefone, procrastina. Como fazer quando entrar no mercado de trabalho para que aprenda?

Isso me fez refletir. E, como atuo no mundo corporativo com projetos que visam melhorar a performance das pessoas, rapidamente me perguntei: o que isso significa para as novas gerações que estão entrando no mercado de trabalho? E que impacto pode ter isto nas empresas? Realmente, esta é uma preocupação que deveríamos ter neste nosso mundo corporativo sempre tão preocupado em ter pessoas com alta performance.

“Brain Rot” – O Que É?

“Brain Rot”, que pode ser traduzido como “cérebro podre” ou “apodrecimento mental”, descreve o suposto deterioro das capacidades cognitivas e intelectuais devido a uma exposição prolongada a conteúdos de baixa qualidade online. Este termo não é novo, mas ganhou novo significado na era digital, especialmente entre a Geração Z e a Geração Alpha. Entre as consequências que isso provoca e que todos já sabemos, estão:

  1. Redução da Capacidade de Atenção e Concentração: O consumo contínuo de vídeos curtos e conteúdos rápidos pode, além de gerar ansiedade, diminuir a capacidade de foco em tarefas complexas, essencial em ambientes de trabalho que exigem análise detalhada e pensamento crítico.
  2. Procrastinação e Baixa Produtividade: Jovens podem encontrar dificuldades em gerenciar o tempo e priorizar tarefas, afetando diretamente a produtividade no ambiente profissional.
  3. Desconexão com o Mundo Real: O envolvimento intenso com conteúdos digitais pode levar a uma falta de habilidades de comunicação interpessoal, que são vitais em qualquer lugar de trabalho.
  4. Dificuldades de Adaptação: A expectativa de gratificação instantânea pode não se alinhar com a realidade de carreiras que necessitam de paciência e crescimento gradual.

No entanto, vale comentar que nem tudo são desvantagens. A geração que cresceu com a internet também desenvolveu habilidades únicas, como a capacidade de realizar multitarefas no mundo digital (quem não tem um filho que fica nervoso quando nos pede para fazer algo no telefone, e nós o fazemos ao ritmo da nossa geração, rsrs). Além disso, muitos jovens são adeptos em gerenciar múltiplas plataformas digitais simultaneamente, o que pode ser uma vantagem em ambientes de trabalho modernos. Outro ponto positivo está na criatividade e inovação dos jovens, pois a necessidade de se destacar em um mar de conteúdos e a quantidade de ferramentas disponíveis digitalmente fazem com que muitos desenvolvam um senso aguçado de criatividade, aplicável em marketing, design e outras áreas criativas.

Em definitiva, “Brain Rot” mostra que as novas gerações enfrentam desafios reais no mercado de trabalho, mas também há motivos para ser otimista. O segredo é encontrar um equilíbrio entre o uso da tecnologia e a manutenção de habilidades tradicionais como foco, boa comunicação e pensamento crítico.

Boa sorte e alertem quem está ao seu redor! Tiremos o máximo proveito deste mundo digital!

Cristina González

Diretora da Overlap Brasil

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