Um mais um é mais do que dois
O setor bancário nunca foi uma atividade trivial. Nem antes quando muitas entidades operavam em nosso país, nem mesmo hoje, com menos da metade, nem no futuro, quando se espera que opere metade da metade atual do setor bancário.
Você se lembra por que houve fusões?
Em nosso país algumas entidades desenvolveram a atividade bancária sem rigor, embora seja sabido por todos que no setor financeiro existem entidades serias que fazem e sempre fizeram o dever de casa. Todas elas contribuíram agregando valor para a sociedade, mas a generosa exposição ao risco de algumas, a gestão mais política do que financeira de outras, junto com o aumento das taxas de juros fez com que a inadimplência disparasse. Nesse cenário, os resultados de algumas destas entidades foram ruins, o que gerou a necessidade de ajuda por parte do estado e também impulsionou a primeira onda de fusões, Savings Banks.
Quais fusões estão sendo levantadas?
Uma coisa é a concentração regional e outra o negócio global. Os analistas, propensos a fusões, enxergam que ainda no Brasil existem bancos pequenos e médios que estão no ponto de mira de grandes bancos propensos a adquisições.
Existem entidades que aparecem nos pools de fusões e adquisições para uma possível fusão pela complementaridade de seus negócios. Hoje estamos imersos na segunda onda de fusões.
Haverá mais fusões?
Os Bancos Centrais dos países consideram que a consolidação ajudará o setor não apenas a obter eficiência e rentabilidade, mas também a ter a dimensão necessária para se desenvolver no novo ambiente competitivo global.
Embora o número de bancos no Brasil tenha sido reduzido e concentrado, ainda existem muitas entidades financeiras pequenas e medias no país. Nossos bancos não têm o tamanho dos colossos financeiros dos EUA ou China nem a natureza global dos novos entrantes (fintechs) como Google, Amazon, Facebook ou Apple, novos concorrentes que estão se tornando fortes neste segmentos inovando com os meios de pagamento.
O que aprendemos?
De alguma forma, a Basiléia e a Mifid organizaram o setor promovendo uma maneira de administrar que transformou em realidade o que o mercado exigia. Quando o setor financeiro é organizado, a sociedade, os profissionais e os clientes acabam se organizando também.
Quais desafios encaram as entidades que se fusionam?
Deixando de lado os aspectos legais da questão, na Overlap sabemos a complexidade do processo, já que temos colaborado em vários projetos de fusão de bancos e entidades financeiras. Temos desenhado e implementando as estratégias chaves para integrar tanto os profissionais dos serviços centrais quanto os da rede comercial redefinindo a cultura e fortalecendo o conceito de Customer Centric e Experiência do cliente.
Para ganhar eficiência desde o primeiro momento, é importante compartilhar e comunicar a toda a área comercial (única, após a fusão das duas entidades) as alavancas estratégicas fortalecendo as possíveis sinergias que possam existir entre os modelos comerciais de ambas as entidades.
Uma das chaves para o sucesso é atuar em situações de desempenho habitual (ferramentas, produtos, rotinas comerciais) acompanhando (On the Job Training) os profissionais da entidade “incorporada” para impulsionar o conhecimento da cultura, processos e rotinas do dia-a-dia da outra entidade.
O que se consegue é um “on boarding” efetivo que impacta nos resultados operacionais e agregue valor a partir do “momento zero” em que a fusão acontece.
Se estiver interessado em conhecer as nossas soluções sobre este assunto, entre em contato conosco.
Jose Manzano e Ignacio del Olmo
Overlap Espanha
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